Um marco mundial em hidreletricidade sustentável, integração binacional e engenharia moderna, a Itaipu Binacional celebra 50 anos de sua fundação nesta sexta-feira (17). Esta imponente usina, que já completou 40 anos de produção no último dia 5 de maio, atingiu um recorde impressionante de 3 bilhões de megawatts-hora de energia acumulada, um feito sem igual no mundo.
Para Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, a empresa simboliza a união de produtividade com gestão social e ambiental, proporcionando não apenas eletricidade, mas também desenvolvimento para Brasil e Paraguai. "Itaipu é a materialização de um sonho de integração. Graças ao esforço conjunto de brasileiros e paraguaios, ela fornece energia, impulsiona dois países e cuida do meio ambiente e das comunidades locais como nenhuma outra. Há 50 anos, é um exemplo vivo de que isso é possível", destacou Verri.
História e Fundamentos
A Itaipu foi oficialmente fundada em 17 de maio de 1974, data em que o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva tomaram posse em uma cerimônia no Hotel das Cataratas, dentro do Parque Nacional do Iguaçu. A primeira reunião do Conselho de Administração ocorreu em Assunção, Paraguai, no dia 3 de junho de 1974, onde se criou uma comissão especial para redigir o Regimento Interno de Itaipu, aprovado em 23 de junho do mesmo ano.
Início das Obras
Enquanto as licitações para as obras civis estavam em andamento, pequenas empresas começaram a trabalhar nas infraestruturas de acesso à futura usina, incluindo vilas residenciais, escolas e unidades de saúde. Equipamentos de construção foram adquiridos no exterior, pois não estavam disponíveis no Brasil e no Paraguai naquela época.
O plano inicial previa a construção de 8 mil casas para os trabalhadores, divididas igualmente entre a margem esquerda (Foz do Iguaçu) e a margem direita (cidades paraguaias de Ciudad del Este, Hernandarias e Presidente Franco). No segundo semestre de 1974, um acampamento pioneiro foi estabelecido na área da futura usina, com instalações para escritório, almoxarifado, refeitório, alojamentos e posto de combustíveis. Este acampamento preparava o terreno para os milhares de trabalhadores que seriam contratados.
A construção da usina envolveu grandes conglomerados de empresas e mobilizou milhares de trabalhadores do Brasil e do Paraguai. No auge das obras, cerca de 40 mil trabalhadores estavam presentes no canteiro de obras de Itaipu, superando a população de Foz do Iguaçu na época, que cresceu rapidamente de 28.597 habitantes em 1974 para 112.594 em 1985, segundo dados do Ipardes.
Reconhecimento e Impacto
Desde que começou a operar, Itaipu se tornou vital para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, alcançando recordes mundiais de produção. Além disso, ganhou reconhecimento por suas práticas sociais e ambientais exemplares.
Entre os prêmios internacionais que Itaipu recebeu estão: o prêmio Água para a Vida da ONU; o título de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela Unesco; primeiro lugar no Benchmarking Brasil pelo programa Plantas Medicinais; Prêmio Eco Sustentabilidade da Amcham Brasil; Childhood Brasil pelo combate à exploração infantil; Business for Peace Award do PNUD; Prêmio Pintou Limpeza por responsabilidade socioambiental; Americas Award pela sustentabilidade ambiental; Prêmio ANA da Agência Nacional de Águas; e Clean Tech & New Energy concedido pela The New Economy.
Itaipu continua a ser um exemplo de como a engenharia e a diplomacia podem se unir para criar algo verdadeiramente grandioso e benéfico para a humanidade e o planeta.
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