Baixa vazão do rio Paraná prejudica pesca e navegação abaixo da Itaipu



A longa estiagem na bacia hidrográfica do rio Paraná atingiu em cheio os pescadores na região da Foz do Iguaçu e a navegação para escoamento da produção agrícola do Paraguai abaixo da barragem da Itaipu. De acordo com o monitoramento da vazão, o nível da água está entre nove e 10 metros abaixo da média. Em maio, a binacional colocou em prática uma operação especial para possibilitar a navegabilidade abaixo da barragem.


De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a crise hídrica é a pior dos últimos 91 anos e atinge o Paraná e quatro unidades da federação. Com o baixo volume de água, aproximadamente 80 pescadores da região de Foz do Iguaçu, abaixo da represa da Itaipu, dizem que os peixes sumiram e estão em dualidades para garantir renda e o sustento das famílias.


Em alguns pontos do rio na fronteira entre Brasil e o Paraguai, montanhas de pedras que ficavam submersas já estão visíveis. As pedras e o desnível da barranca impedem que os pescadores coloquem os barcos na água, destaca reportagem do G1 neste domingo (18). O pescador Paulo Mendes de Oliveira contou que conseguia pescar até 25 quilos de peixe, por dia. 


Em 43 anos que mora na barranca do rio, ele conta que já viu o nível descer e subir várias vezes. Apesar disso, segundo ele, essa é a pior seca desde a formação do Lago de Itaipu. "Estamos lutando. Pega quatro, cinco quilos de peixe, por dia. Um mês você paga uma conta, outro mês não paga nada. E assim estamos levando", contou.


O presidente da Colônia de Pescadores, Flávio Kabroski, informou que os peixes somem do rio Paraná com o baixo nível da água. Segundo ele, até os pescadores amadores deixaram de ir até lá. Em relação às dificuldades financeiras, disse que alguns estão recebendo cestas básicas enviadas pela Marinha. Mesmo assim, a situação continua difícil.


"Tinha pescador pedindo comida na casa dos vizinhos, porque não conseguiu o Seguro Defeso. Situação tá difícil. As contas, nem se fala. Quem não pagava certinho, agora, muito menos, porque não tá tendo renda nem pra sobrevivência", afirmou.


Fonte: GDia


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