A origem da controvérsia está na cessão de 30% dos direitos econômicos de Pepê pelo Foz a terceiros, prática proibida pelas regulamentações da CBF e FIFA. Esse movimento gerou uma série de questionamentos jurídicos sobre a validade da exigência de pagamento. Inicialmente, o Foz orientou o Grêmio a repassar os valores a parceiros comerciais, mas posteriormente mudou sua posição, solicitando o montante diretamente em sua conta.
O Grêmio, em busca de segurança jurídica, suspendeu o pagamento enquanto buscava esclarecimentos sobre o real destino dos valores. A disputa chegou à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que concluiu que o Foz havia descumprido regras ao negociar os direitos econômicos do jogador, isentando o clube gaúcho de qualquer responsabilidade adicional.
Oferta de acordo foi rejeitada
Mesmo diante do impasse, o Grêmio tentou evitar o prolongamento do conflito, oferecendo ao Foz um acordo de R$ 5 milhões, parcelados em 12 vezes. A proposta foi recusada pela diretoria do clube paranaense, que optou por manter sua demanda integral.
Com a decisão favorável ao Tricolor, o Grêmio está livre de sanções da CBF ou FIFA e não precisará pagar nenhum valor ao Foz. A decisão, entretanto, ainda pode ser alvo de recurso, conforme comunicado pela assessoria do clube paranaense.
Contexto da venda de Pepê
Pepê foi negociado pelo Grêmio com o Porto por um valor estimado em 15 milhões de euros. A transação foi considerada uma das mais relevantes do futebol brasileiro no período, mas trouxe à tona a polêmica sobre direitos econômicos de atletas, um tema recorrente no esporte.
Enquanto o Grêmio celebra a vitória nos tribunais, o Foz do Iguaçu reafirma sua intenção de buscar todas as instâncias possíveis para reverter a decisão. O caso levanta discussões importantes sobre a regulamentação das transferências e a transparência nas relações entre clubes.
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