Polícia Civil Descobre Corpo de Homem Morto há 37 Anos pelo Próprio Filho

 

Em um caso impressionante de ocultação de cadáver e violência doméstica, a Polícia Civil de Foz do Iguaçu localizou recentemente os restos mortais de um homem, morto há 37 anos pelo próprio filho, após uma denúncia feita pela esposa do suspeito. A mulher, que há meses sofre violência doméstica, revelou à polícia detalhes do crime durante uma de suas brigas com o marido.

Denúncia e Descoberta

A denúncia foi feita à Delegacia da Mulher, que acionou a Delegacia de Homicídios e o Ministério Público do Paraná (MP-PR), responsáveis por investigar o histórico de violência doméstica do homem, que tem 54 anos. A esposa, que já possui medidas protetivas desde janeiro deste ano, contou que, durante um desentendimento recente, o marido revelou ter cometido um homicídio contra seu pai, há mais de três décadas, na cidade de Foz do Iguaçu.

Na sexta-feira (8), equipes da Polícia Civil, juntamente com a perícia científica, realizaram uma busca na antiga residência do suspeito, atualmente habitada por seu irmão. Com o auxílio de uma retroescavadeira, os policiais localizaram uma ossada humana enterrada no quintal da propriedade.

Confissão e Detalhes do Crime

Após a descoberta dos restos mortais, o homem foi levado à delegacia para ser interrogado. Durante o depoimento, ele confessou o assassinato de seu pai, ocorrido em 1987, quando ele tinha apenas 16 anos. O suspeito afirmou que a motivação do crime foi a violência física que o pai constantemente exercia contra sua mãe. Segundo o delegado Marcelo Pereira Dias, o homem detalhou como executou o crime e ocultou o corpo sem a ajuda de outras pessoas.

"Ao ser questionado, ele confirmou que matou o pai com um pé de cabra, agindo sozinho. Após o homicídio, ele enrolou o corpo em uma coberta e o colocou dentro de um poço, que posteriormente foi aterrado", explicou o delegado. O crime foi mantido em segredo por anos, sendo revelado apenas alguns dias depois para a mãe do suspeito. Inicialmente, a família acreditou que o homem tivesse simplesmente desaparecido.

Com a revelação da esposa, que sofreu violência do próprio marido, o caso ganhou nova perspectiva. O homem, que já estava sendo investigado por agressões contra sua esposa, agora também pode responder por ocultação de cadáver. Os crimes relacionados diretamente ao homicídio, no entanto, prescreveram devido ao tempo decorrido.

Repercussão e Investigação

A descoberta da ossada e a confissão do suspeito levantaram questões sobre o que realmente ocorreu na época do crime e como a família lidou com a situação. Após o assassinato, os outros membros da família souberam do ocorrido, mas, até a denúncia da esposa, poucos sabiam que o pai havia sido morto. Muitos acreditavam que o homem tivesse simplesmente desaparecido sem deixar rastros.

Além de responder pela ocultação de cadáver, o suspeito será investigado por sua conduta violenta contra a esposa, que agora tem um novo capítulo em sua denúncia, com a possível inclusão do homicídio em sua investigação. Embora o crime de assassinato tenha prescrito, o caso ainda continua sendo apurado sob o prisma da ocultação de cadáver.

A polícia, por meio da Delegacia de Homicídios, segue investigando o caso e realizando as diligências necessárias para esclarecer todos os aspectos relacionados ao desaparecimento e ocultação do corpo. O envolvimento de outros membros da família e possíveis responsabilidades ainda estão sendo analisados pelas autoridades.