Desde que entrou em entrou em funcionamento, no dia 8 de julho, o Consultório na Rua realizou 194 atendimentos, ofertando à população em situação de rua serviços de saúde, encaminhamentos para consultas especializadas e orientações relacionadas às políticas públicas de Assistência Social e demais serviços da proteção social, como a atualização do Cadastro Único (CadÚnico), acesso à documentação, encaminhamento ao Centro Pop e serviços de acolhimento.
As equipes também aplicaram a vacina contra a Covid-19 em 243 pessoas em situação de rua, além das vacinas contra a influenza (15), hepatite (10) e tétano (10). Testes rápidos para detecção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) foram feitos em 30 pessoas.
Durante as abordagens, as equipes identificaram três mulheres gestantes e fizeram encaminhamentos para a abertura do pré-natal. “Uma delas estava grávida de quatro meses e não tinha feito nenhum exame. Levamos ela até a UBS e solicitamos todos os exames de sangue necessários. Ela também precisou de apoio psicológico, e agora estamos acompanhando o caso através do sistema integrado de informações, o RP Saúde”, contou a técnica em saúde bucal, Rosemeire Nishimori.
O trabalho do Consultório na Rua inclui ainda as campanhas de promoção e prevenção à saúde, algumas realizadas dentro das casas de passagem e também no Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua).
Uma das ações aconteceu no dia 15 de julho, em alusão ao mês de luta contra as hepatites virais, quando foram promovidas palestras, orientações, e realizada a distribuição de kits de higiene. “A intenção é conscientizar, através da política de redução de danos, sobre a importância da prevenção e da vacinação. Medidas educativas de higiene, o uso de preservativos, o não compartilhamento de objetos pessoais são algumas das orientações repassadas. Além disso, ofertamos a avaliação bucal e as consultas médicas”, explicou o enfermeiro André da Silva.
Avanço
A estratégia Consultório na Rua foi instituída pela Política Nacional de Atenção Básica, em 2011, mas esta é a primeira vez que Foz do Iguaçu faz a adesão ao programa. Para a secretária de Saúde, Rosa Maria Jerônymo, a implantação do consultório representa um avanço nas políticas públicas do município.
“Embora a portaria do Ministério da Saúde exista há dez anos, essa política não tinha sido implantada em Foz e, através dessa parceria tão importante com a Assistência Social, estamos com o programa implantado e atuando com uma equipe completa. Sempre buscamos unir a política do SUS e do SUAS (Sistema Único da Assistência Social), que são tão importantes para nossa sociedade”, afirmou.
O Consultório na rua é composto por equipe multidisciplinar formada por uma médica, um enfermeiro, um psicólogo, uma assistente social, uma técnica em higiene bucal, um educador social, um técnico de enfermagem e um motorista.
“O objetivo é levar a essas pessoas, que muitas vezes têm dificuldade de acessar uma unidade de saúde, atendimento e orientações para que mantenham os cuidados com a saúde, garantindo, assim, os direitos básicos que possuem como cidadãos de Foz do Iguaçu", reiterou a secretária.
Fonte: Assessoria
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