Matriz São João Batista celebrará ordenação de cinco diáconos em fevereiro


No dia 4 de fevereiro, às 16h, em solene celebração eucarística presidida pelo bispo diocesano Dom Sergio de Deus Borges, a igreja São João Batista ordenará como diáconos permanentes Nelson Romaniuk, Joselito Pelissari, Watzlaide Ivan Seixas Nieradka, Valdir Pereira de Souza e Eduardo Chagas.

A ordenação na matriz vai ser a primeira de uma série de três. A segunda ocorrerá no dia 10 de fevereiro na igreja Nossa Senhora de Fátima. A terceira será no dia seguinte, 11 de fevereiro, na paróquia Nossa Senhora de Medianeira.

Para compreender o ministério do diácono é necessário saber que “toda a atividade da Igreja é manifestação de um amor que procura o bem integral do homem: procura a sua evangelização por meio da Palavra e dos Sacramentos, empreendimento este muitas vezes heroico nas suas realizações históricas; e procura a sua promoção nos vários âmbitos da vida e da atividade humana”. (DCE 19). Não somente há uma atividade caritativa, mas uma organização eclesial sacramental que parte da Igreja para os fiéis.

Aos apóstolos foram confiadas a Eucaristia e a Liturgia, como nos narra Lucas nos Atos do Apóstolos (At 6), todavia, “[…] no seio da comunidade dos crentes não deve haver uma forma de pobreza tal que sejam negados a alguém os bens necessários para uma vida condigna.” (DCE 20).

Os Apóstolos, observando a necessidade de servir as mesas dos órfãos e das viúvas, escolheram, após rezarem em comunidade, sete homens cheios do Espírito Santo (cf. At 6, 5-6). No entanto, essa eleição não se refere a um serviço meramente técnico, como o Mártir Santo Estevão demostrou ao ser apedrejado por sua fé, “mas este grupo não devia realizar um serviço meramente técnico de distribuição: deviam ser homens cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. (cf. Act 6, 1-6).

Quer dizer que o serviço social que tinham de cumprir era concreto sem dúvida alguma, mas ao mesmo tempo era também um serviço espiritual; tratava-se, na verdade, de um ofício verdadeiramente espiritual, que realizava um dever essencial da Igreja, o do amor bem ordenado ao próximo. Com a formação deste organismo dos Sete, a “diaconia” — o serviço do amor ao próximo exercido comunitariamente e de modo ordenado — ficara instaurada na estrutura fundamental da própria Igreja.” (DCE 21).

A Ordenação Diaconal é um momento muito especial para a igreja Católica. O diácono é aquele que ajuda a comunidade a traduzir a liturgia celebrada para a vida cotidiana, ocupando-se, sobretudo, com a necessidade dos mais pobres.

Seu ofício se fundamenta a partir do exercício da caridade, no qual ele se esforça para compreender a Palavra e a Liturgia a partir do ministério do serviço.

Origem e funções

Os diáconos remontam aos tempos apostólicos, quando alguns homens foram designados para o serviço da Palavra e da caridade aos mais pobres em nome da Igreja. Assim foi feito até o século V, quando o diaconato passou a ser apenas grau de acesso à ordem presbiteral.

No Concílio Vaticano II (1962-1965), por meio da constituição dogmática Lumen gentium (1964), o diaconato foi restabelecido como grau próprio e permanente do sacramento da Ordem, sendo aprovado e regulamentado por São Paulo VI na carta apostólica Sacrum diaconatus ordinem (1967).

Entre as funções dos diáconos estão a de “assistir o bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia; distribuí-la; assistir o Matrimônio e abençoá-lo; proclamar o Evangelho e pregar; presidir os funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade”, conforme detalha o Catecismo da Igreja Católica (CIC, 1570).

Como é a celebração

A celebração é presidida pelo bispo que acolhe a eleição dos candidatos. Os eleitos são interrogados, manifestando sua livre decisão e abertura de coração para receber a Sagrada Ordem. Por conseguinte, simbolizando sua consagração total à Cristo, à Igreja e ao Evangelho, os ordenandos prostram-se no chão enquanto toda a comunidade reza por eles, entoando a Ladainha de todos os santos.

Após esses ritos, chega-se ao momento mais importante da celebração. O bispo, em nome da Igreja, impõe as mãos sobre os eleitos e reza a prece de ordenação, que confere a graça sacramental e o ministério diaconal.

Já ordenados, os novos diáconos recebem as vestes litúrgicas e os Santos Evangelhos assumindo, mais uma vez, a missão de anunciar e testemunhar os ensinamentos de Jesus. Em seguida, eles são cumprimentados pelo bispo com um abraço de paz e acolhidos ao presbitério.

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