'Muito medo', diz passageira sobre andar no transporte coletivo cheio em meio à pandemia, em Foz


Passageiros do transporte coletivo de Foz do Iguaçu, têm relatado que precisam usar ônibus cheios, com aglomerações, em meio à pandemia da Covid-19.


A passageira Kelly da Cruz contou que encara quatro ônibus lotados todos os dias para trabalhar. Por precisar do transporte público, a situação a deixa preocupada por causa do risco de ser infectada pelo novo coronavírus



Nesta quarta-feira (10), o boletim epidemiológico municipal registrou 12 novas mortes pela Covid-19, além de mais 246 casos confirmados do novo coronavírus.


A cidade conta com 1.028 casos ativos da doença, com ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 99,2% e taxa de 91% na enfermaria.


Medidas sanitárias


O município decretou que a lotação máxima dos ônibus deve ser de até 50%, mas os usuários afirmam que nem sempre a medida é adotada.


"Super lotado, se cair, nem cai no chão, porque estamos cercados por todos os lados. Nenhum dia nenhuma fiscalização, porque é sempre assim [lotado] todos os dias. Você não tem opção, ou é isso, ou é nada", afirmou a secretária Simone Pereira.


Quando a determinação de capacidade máxima é respeitada, os motoristas não param o ônibus e a espera por outro veículo é demorada, segundo os passageiros.





O que diz a prefeitura e o consórcio?


Conforme o Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), o município tem fiscalizado, notificado e multado o Consórcio Sorriso por descumprir as medidas de prevenção à Covid-19.


"Nós estamos em pandemia, nós temos um decreto estadual e um decreto municipal que o principal ponto e força desse decreto é anti-aglomeração. Não é humano você submeter a ser obrigado a ser contaminado dentro de um transporte público então, nesse sentido, a gente vem agindo com severidade, não tem outro termo. Nisso tem que ser tolerância zero na concessão pública, que é o primeiro que tem que cumprir o decreto", disse o superintendente do Foztrans, Licério Santos.


O Consórcio Sorriso informou que tem tomado todas as medidas para manter, dentro do cenário atual, a melhor execução possível de operações.


As empresas que fazem parte do consórcio disseram que buscam, desde o início da pandemia da Covid-19, auxílio financeiro do poder público para suportar os prejuízos acumulados por causa das restrições determinadas na pandemia.


De acordo com o consórcio, como as empresas não têm recebido ajuda, não têm os recursos financeiros necessários para atender todas as determinações do Foztrans.



Fonte: G1Paraná

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