Por conta da pandemia, apenas 40% das salas comerciais estão alugadas em CDE


Apenas 40% das salas comerciais do microcentro de Ciudad del Este, no Paraguai estão alugados, pois os comerciantes não têm condições de arcar com os custos que eram cobrados antes da pandemia. Os preços variam de US$ 300 a US$ 2.500 por mês, entre R$ 1.578,00 a R$ 13.150,00 na cotação atual, dependendo da localização dos espaços. “É realmente uma situação catastrófica para os comerciantes, estamos sobrevivendo por milagre”, lamentou Anivaldo Brítez, um dos atingidos.

A crise gerada na área comercial da capital Alto Paraná com o fechamento das fronteiras tem seus efeitos negativos, uma vez que os lojistas com imóveis alugados foram obrigados a fechar devido à impossibilidade de fazer frente aos altos preços dos aluguéis.

Nas galerias do microcentro, persistem os cartazes "Alugo um quarto" ou "Aluga-se", refletindo a retração econômica nesta parte do país. A esse respeito, Linda Taijen, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Leste (CODELESTE), indicou que 40% das instalações estão desocupadas, mas que também há proprietários que entendem a situação e negociam os preços do aluguel. Esses custos já eram administrados antes da quarentena obrigatória e os proprietários não os reduziram após a reabertura da Ponte da Amizade.

Por sua vez, o comerciante Anivaldo Brítez afirmou que os donos dos espaços usam o mercado livre para fixar os preços. Ele disse que no shopping onde está instalada sua loja de eletrônicos, a maioria dos espaços está alugada. “Procurei outros comerciantes, a situação é a mesma em todas as galerias e tem locais onde o aluguel é mais caro, as pessoas também não têm como pagar, os donos dos quartos não baixam os preços, infelizmente”, reclamou.

O preço dos quartos varia entre US$ 300 e US$ 2.500 por mês, mas os pagamentos são feitos anualmente, portanto, devido à atual conjuntura econômica, os inquilinos alegam que não existem condições para "manter esse ritmo", e não há nem previsão de redução de preços. “Você já entra pagando o ano inteiro e com essa situação de pandemia ficou insustentável, não tem como continuar pagando os aluguéis”, disse Brítez.

Em 2020, 45 mil demissões foram registradas no centro de Ciudad del Este e quase 7 mil empresas fecharam suas portas. O Governo não apoiou grande parte das micro, pequenas e médias empresas, uma vez que apenas 14% receberam algum tipo de reforço com empréstimos oferecidos pelo Estado.



Fonte: Portal da Cidade com La Clave

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