Dia Mundial de Conscientização do Autismo: Especial 100fronteiras e Somare



O dia 02 de abril é conhecido como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, que também é chamado de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Ele não tem origem definida, porém grande parte dos casos se dá por predisposição genética, podendo ser hereditária, além de fatores ambientais. Além disso, muitos são os sinais que identificam esse transtorno, principalmente no que diz respeito à linguagem, comportamento e socialização Não há só um, e sim muitos subtipos de TEA, ou seja, é como um quebra-cabeça que denota a sua diversidade e complexidade.

E é justamente esse quebra-cabeça que simboliza o autismo e é bastante usado nas campanhas de inclusão social em estabelecimentos comerciais e públicos. Este símbolo representa o mistério e a complexidade do autismo e é apresentado por meio de uma fita feita de peças de quebra-cabeça coloridas.



Em Foz do Iguaçu existe a clínica Somare, idealizada por Andressa Schmiedel Sanches Santos e administrada por ela e três outros sócios Andriane Schmiedel Fucks, Elielton Fucks e Thiago Maycon Sanches Santos.A clínica está em Foz há dois anos e meio e iniciou os atendimentos com seis crianças. Hoje já são mais de 60 pacientes matriculados no Atendimento Multiprofissional Integrado (Amis), que tem funcionamento de segunda a sexta, nos períodos matutino e vespertino. Esse crescimento se deu, segundo os sócios, pela qualidade na abordagem terapêutica, estrutura e resultados.

A estrutura da Somare conta com mais de 25 salas de intervenção e espaços com salas funcionais para treino de atividade de vida diária. O quadro de colaboradores é de 30 profissionais das seguintes áreas: fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, terapia com animais, terapia alimentar, terapia ocupacional e integração sensorial.

Como trabalhar o autismo

Nível 1 – Leve e com necessidade de pouco apoio. As principais dificuldades são na comunicação social e na pouca interação com as pessoas. Também são crianças que possuem hiperfoco em uma atividade e ficam relutantes ao mudar de atividade, sendo consideradas metódicas.

Nível 2 – Moderado e com necessidade de apoio. A pessoa apresenta dificuldade na interação social e possui comportamentos repetitivos e restritos, não gostando de mudar a rotina e estressando com facilidade.

Nível 3 – Severo e com necessidade de apoio muito substancial. Nesse caso é preciso trabalhar todas as áreas, desde a comunicação social que está totalmente prejudicada até a questão dos comportamentos repetitivos e restritos. A agressividade também é uma das características.

Preconceito e inclusão social

Ao mesmo tempo em que a Somare trabalha para incluir essas crianças na sociedade, torná-las independentes em suas funções e obter sucesso nas suas relações sociais, elas também precisam lidar com o preconceito que ainda existe. “A criança com TEA pode apresentar comportamentos que geram olhares preconceituosos. Por mais que hoje o autismo esteja muito mais difundido, ainda a falta de conhecimento resulta em julgamentos, e o nosso trabalho é mostrar para a sociedade a importância de praticar o respeito às diferenças”, ressalta Andressa.


Por isso, a Somare oferece orientação especializada aos tutores que estão com os pacientes em ambiente escolar. Além de apoio psicológico aos pais, de forma gratuita e integrada ao plano terapêutico do Amis. “Trabalhamos com a tríade clínica, paciente, escola e pais, pois é a forma de mantermos o equilíbrio nos diversos ambientes e a generalização de aprendizados pela criança”, conta Andriane.



Matéria por Patricia Buche  - Revista 100Fronteiras
Fotos por Aline Moraes

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